Implantado programa Medicamento em Casa

Turvo (31/3/2010) – A Prefeitura de Turvo implantou nesta semana o Programa Medicamento em Casa onde serão entregues medicamentos em domicílio em quantidades suficientes para o período de 30 dias de tratamento. Inicialmente este programa atenderá pacientes com doenças crônicas como hipertensão arterial e diabetes mellitus, já cadastrados e acompanhados pelas Unidades de Saúde.

O projeto, pioneiro no sul de Santa Catarina, é coordenado pela farmacêutica Adaiane Daros, e tem como principal objetivo garantir o acesso mais efetivo aos medicamentos e organizar o atendimento contínuo dos hipertensos e diabéticos.  "Com esta ação facilitamos o acesso aos medicamentos aos pacientes com dificuldades de deslocamento até a farmácia básica da prefeitura, oferecendo boas condições de tratamento devido à alta prevalência destas patologias na população, pelo grau de complicações geradas e incapacidades que provocam se não forem orientados e medicados precocemente e continuamente", enfatiza Adaiane.

Segundo ela, o profissional que irá entregar o medicamento em casa ao paciente será um técnico em enfermagem. Este profissional também irá verificar a pressão arterial e glicemia do paciente, além de preencher as fichas de acompanhamento e fazer as orientações quanto à forma de tomar os medicamentos de forma adequada.

Adaiane acrescenta que o técnico em enfermagem ao fazer a entrega do medicamento emitirá um recibo de entrega, listando todos os medicamentos e suas quantidades, datado e assinado pelo entregador e paciente, sendo que a segunda via ficará com o paciente. Além disso, as receitas dos pacientes terão validade de 180 dias, após este período ele deverá retornar ao posto de saúde central para reavaliação médica.

Inicialmente o projeto atenderá os bairros São Cristovão, São Luiz, Vila Manenti e Vila Serrano. "A intenção é implantar em todos os bairros até dezembro", informa a responsável pela Secretaria de Saúde, Cleonice Lima Silvano. Para ela, este projeto trará inúmeras vantagens, pois são doenças que tem incidência muito elevada na população e grande parte das complicações deriva da falta de controle. "Se conseguirmos controlar a patologia ainda no nível de atenção primária, diminuirá consideravelmente o risco de complexidade no caso da hipertensão, que são acidentes vasculares cerebrais, enfartos e problemas renais, e, em se tratando da diabetes, problemas neurológicos e cegueira", comenta.

Cleonice destaca que a entrega dos remédios em casa significa a valorização do paciente e sua família diante da segurança em ter seu medicamento assegurado com regularidade e gratuitamente. "Em contrapartida, também passam a colaborar mais com o tratamento, uma vez que, manter as taxas de hipertensão e glicemia estabilizadas é exigência para continuar cadastrado", ressalta. O programa também tem reflexos na estruturação dos serviços de atenção básica da saúde, além de criar um sistema amplo e detalhado de informação sobre diabetes e hipertensão, possibilitando um maior controle sobre essas doenças.